domingo, 31 de outubro de 2010

CONFLITOS NA FAMÍLIA


A família é um projeto de Deus (Gn. 2.24), um lugar apropriado para ser um ventre emocional que gera filhos sadios, destinados a um crescimento espiritual bem estruturado. Quando existe a falta do amor e da proteção familiar, e, quando se instalam conflitos neste ventre emocional, as pessoas crescem com bastante insegurança, sentimento de auto-rejeição e rebeldia. Os conflitos não resolvidos entre pais e filhos, são as principais raízes da rebelião, e, os acorrentam em cadeias pecaminosas. Esses conflitos na família tiveram origem no Édem, (Gn 3:12; 4:4,5) e, se estenderam até os nossos dias. A individualidade de cada membro da família – incluindo suas diferenças de personalidade e sexuais – tornam inevitáveis os conflitos. Assim sendo, devemos encará-los de forma madura, enxergando-os como um meio para novos aprendizados, que proporcionaram o crescimento e o fortalecimento dos laços familiares.
Quando os conflitos acontecem
a) Quando há inversão de papéis na família. O respeito ao lugar de cada um, é fundamental para a harmonia do lar. O pai sendo o que comunica aos filhos direção, limites e segurança; a mãe comunicando vínculos, nutrição e organização, e, o casal comunicando sexualidade, afetividade e o companheirismo.
b) Quando há insegurança – a falta de convicção de ser plenamente amado e aceito, gera discussões e conflitos.
c) Valores divergentes – geralmente ocorre o conflito quando o que um valoriza, para o outro não é valor.
d) Quando as necessidades não são supridas e os sentimentos não compreendidos – geralmente acontece quando cria-se expectativas em relação ao outro, e, estas são frustradas – mesmo não sendo verbalizada.
e) Quando circula na família a comparação e a competição – traz não só conflitos, mas também, barreiras relacionais e emocionais.
f) Quando o vinho acaba na família – as dificuldades são mestras em trazer conflitos penosos para dentro do lar, levando toda a sua alegria.
Construindo a harmonia na família
A paz no lar é um alvo divino, por isso satanás faz tanta oposição .
Para que haja harmonia no lar é necessário:
a) Conversão genuína – trazer para o centro da família o Senhor Jesus que transforma água em vinho, quando o mesmo acabou. (João 2:3-11).
b) Comprometer-se verdadeiramente com a construção da família e não abrir mão dela por nada.
c) Entender as demandas da família atual e buscar estar juntos, fortalecer suas relações.
d) Ter uma comunicação familiar positiva, que traga luz para as trevas das dificuldades, das dores de cada um (Jo 1:5), como fez Elcana com sua esposa que lhe animou com suas palavras de afirmação (I Sm 1:8-9).
e) Não negar os conflitos e as dificuldades – ter um ambiente acolhedor, onde haja confrontação sem acusação, onde as máscaras possam cair junto com as lágrimas para um novo andar de “cara” descoberta.
f) Cuidado mútuo e perdão – nos ferimentos causados dentro ou fora da família. Assim como Esaú e Jacó sararam suas feridas juntos(Ex.33:3,4). O perdão deve estar presente em todo tempo na família.
g) Mantendo a edificação da família no alicerce da Palavra e da oração, ou seja, na Rocha.
Conclusão
Os conflitos certamente ocorrerão, porém, o que importa é como sairemos deles, vitoriosos ou derrotados. Se os utilizarmos para crescimento, eles serão fortes aliados nossos para uma vida afetiva mais profunda, e, laços familiares mais fortalecidos. Devemos aceitar as nossas imperfeições, e as dos nossos familiares, e, nos amarmos apesar das mesmas.
Com amor,
Maria José (Zeza) Maciel, pra.- CGCuritiba

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